terça-feira, 30 de março de 2010

Capitulo 1 : Vamos começar

Ontem,
novembro de 1998.

"Eu nao faço idéia de como é a vida la fora mais nao suporto mais isso aqui. Chega de comida sem gosto algum! Quero me empanturrar de gordura, me entupir de industrializados, enlatados, açucar e entrar no Reino do Fast Food. E ir embora dessa droga."
- Esta sou eu com uns 9 anos, esta debaixo sou eu com 17.

E aqui estou eu saindo dessa "droga"... - pensei
Me peguei lendo um trecho do meu diario enquanto arrumava umas coisas para sair dessa "droga" como mencionara anos atras naquele velho caderno que me encorajava a chamar de diario.
Nada mais que um caderno normal escolar, que arranquei umas folhas de idiotices escritas, apanhei umas folhas de gibi para encapar junto com umas figuras de revista pra 'enfeitar', somente pra dar uma cara nova, uma cara melhor. Minha cara.

- Mae! Peter e Naná nao ligaram?
- Pra que a pressa?
- Combinamos de passar a noite juntos aqui em casa, hoje, como ja os ajudei eles virao pra fazer o mesmo pra mim, queremos ficar juntos antes da "grande mudança"...
- Entendi.


Como posso dizer? Bem, pra começar é Say se preferir me chamar assim.Sou doce e insegura, moro numa chacara e tenho uma mae meio hippie que me enche de porcarias cruas pra comer, soja em grao, arroz integral e por ai vai. Tenho olhos de ressaca, que ameçam puxar e afundar em minha alma todos aqueles que olhem para eles, que nem meus oculos conseguem esconder, olhos tristes (é o que dizem ). Sou um tanto gorda como uma cantora de jazz e/ou blues dos anos 50/60, talvez, nao poruqe quero mais porque sempre fui assim. As vezes duvidosa da minha capacidade, nao sei se posso ser surpreendente. A timidez as vezes é minha defesa. Canceriana emotivamente emotiva.Tenho a pele morena/negra (como preferir)cabelos castanho escuro e compridos que descem do pescoço até abaixo do seio, crespos e eternamente dessarumados. Nao largo meus brincos de perola que me caem bem no lobulo e meu anel de ouro com uma pequena perola também, nao uso bijuterias. Sabe, daquelas que se compram de varias cores pra combinar com cada peça do armario. Sou tradicional e comodista até onde me cabe.
Na idade em que estou (como costumam dizer os mais velhos) sou confusa na minha meia inocencia e meia perversao. Pra falar a verdade sou confusa desde que nasci, é da minha natureza. Me ofereça duas coisas, certamente vou ficar em duvida e querer as duas.
Em suma, meio criança, meio mulher, estupida, intrigante e apaixonante...





SHE SAY: Indecisao ou apenas esperando a hora certa de escolher? Se é que essa hora existe...



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terça-feira, 23 de março de 2010

Introduçao

Seja la como for que começem as histórias, provavelmente essa aqui nao vai iniciar assim e pode ser também que termine (se terminar) de um modo diferente.
Ta bom...até parece que alguem vivo pode ter uma historia sensacional...(a minha pode nao ser né estou viva) Sério! Sempre vejo boas historias e quando descubro trata-se de alguem que ja morreu ou é uma historia ficticia. Claro deve ter excessoes mais agora nao me lembro mesmo, se nao eu falaria, pra fazer um certo sentido. Pelo menos um sentido melhor que este, que na verdade nem tem sentido nenhum até agora nao é?!
Bem, vamos la, ja que começei vo adiante.
Meu nome é Sayonara. Nao, nao ria de mim, nao tenho culpa pelo nome que tenho, mais até que e bonitinho né? e até rende assunto com as pessoas, algumas fazem brincadeiras relacionando meu nome com a palavra em japones saionara que é usada pra despedidas (tipo tchau, adeus, bla-bla-bla...), conheço um cara que sabe mais sobre japones, entao eu posso ta errada entao nao ligue se eu estiver porque é bem provavel, entao...ja sabe né. Minha mae que escolheu este nome, conto mais tarde o porque.
Ahn...hoje eu tenho 30 anos, só que o melhor da minha vida e o que pretendo contar nao esta acontecendo, porque nao se trata do presente, o agora, (assunto que posso falar mais pra frente) mais sim do passado, sabe aquela frase "eramos felizes e nao sabiamos?", é mais ou menos isso. Todo mundo tem uma melhor fase da vida, eu ainda nao sei direito qual é a minha, porque ela ainda nao terminou, mais eu ao menos sei por onde começar. Nao tenho um sequencia exata, hoje sou presente, amanha posso ser futuro e por ai vai. De uma coisa estou certa, nao me esquecerei de contar nada, cada detalhe sordido nao será esquecido.
Onde eu estava mesmo? Ah é, me apresentando. Entao, o meu nome voce ja sabe, Sayonara, e deve ta rindo de mim até agora, mais isso é bom, quer dizer que fiz alguem feliz. Humm..ja disse minha idade.. que to me esquecendo?...Ham, eu nao sou boa com as palavras, ja percebeu nao é? Pois bem, antes que eu começe a esquecer o porque estou aqui e por onde ia começar a te contar o que nao pediu pra que eu falasse (me desculpe as vezes sou meio atrevida) entao vamos começar logo.
Me imagine anos atras, com 17 anos, no meu quarto, era mais ou menos 8 horas da noite, as luzes da maioria dos comodos estavam acesas e tudo la fora era escuro, ja que eu morava numa chacara/sitio. Ouvia grilos e outros bichinhos fazendo barulho num arbusto qualquer.
Eu estou arrumando umas coisas minhas, encaixotando outras..Quando dou uma pequena pausa, me deito no chao, fico olhando para o teto e diretamente para a lampada a qual tem a luz forte o que me faz quase cegar...






SHE SAY: lembranças sao eternas pra quem ainda vive.


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